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Tudo sobre Low Carb: perguntas e respostas com Dr. Souto, Dr. José Neto, Polyana Freitas e Tiago Proença

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No dia 01 de dezembro, Porto Alegre foi sede do 1º Seminário Gaúcho de Alimentação Paleo e Low Carb. O evento recebeu os doutores José Carlos Souto e José Neto, além do preparador físico Tiago Proença, fundador da academia BPro, que promoveu o Seminário.

Após as palestras dos quatro convidados, eles se reuniram no palco para aquelas conversas das quais todos gostaríamos de participar. Quem nunca quis sentar em uma mesa de café e trocar uma ideia sobre a vida com o Dr. Souto, não é mesmo?

Sem mais delongas por hoje, porque o tempo é curto. Vamos ao que interessa, às respostas destes grandes nomes da Low Carb. Colocarei poucos adendos em marrom e itálico durante o texto para colaborar.

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Perguntas e respostas com Dr. Souto, Dr. José Neto, Polyana Freitas e Tiago Proença

Suplementos probióticos ajudam a microbiota?

Dr. José Carlos Souto: Por mais que haja estudos mostrando por que seria bom tomar probióticos, o caminho do inferno está pavimentado pela bioplausibilidade.

Muitas coisas fazem sentido. A teoria é linda. Deveria funcionar. Testamos e não é tão lindo assim no fim das contas. Não podemos adotar nada só porque é plausível. Precisamos testar.

Foi o que aconteceu com a nutrição. A história como a aprendemos é bonita e plausível. Se você comer gordura saturada, aumentará o LDL. O LDL é aquilo que está na parede das artérias. Então, se você comer gorduras, aumentará o risco cardiovascular. Por isso, deve basear sua alimentação em grãos.

A teoria faz sentido, mas foi testada e foi um desastre. Na saúde pública, teve um efeito pior do que a Segunda Guerra Mundial.

Probióticos foram testados em ensaios clínicos. Em um dos estudos, pegaram pessoas e dizimaram a flora com dois antibióticos. Depois, um grupo recebeu probiótico e outro placebo. O grupo do probiótico levou mais tempo para recompor a flora do que o outro grupo.

Não há evidências sobre probióticos. É uma confusão. São estudos observacionais. Chutes.

A flora é muito importante. Seguramente, tem associação com saúde e um monte de doenças. Agora, sabemos muito pouco para intervir nisso do ponto de vista terapêutico.

Dr. José Neto: A primeira regra é não lesar. Há muitos exemplos de pessoas que usaram intervenção porque era plausível e o resultado foi catastrófico. Reposição hormonal, antibióticos, vitaminas e por aí vai.

Polyana Freitas: Isso não significa que você vai evitar um iogurte. Os alimentos que as pessoas usam funcionam para alguns, para outros não, para alguns pioram. Falo de kefir, kombucha etc. Para comida de verdade, a porta está sempre aberta.

Low Carb para vegetarianos e veganos?

Polyana Freitas: Vegetarianos que consomem ovos, queijos, vegetais, azeite oliva, é bem tranquilo. Às vezes, usamos um feijão ou lentilha para compor.

No caso de veganos, é bem complicado. Não tenho ovos, vísceras, carnes. É muito complicado. Não temos uma quantidade de proteína para sustentar. Ficam só vegetais, oleaginosas e gorduras. Isso não tem qualidade nutricional. Teríamos que partir para a suplementação, mas não gosto. Uso o mantra “comida de verdade”. O resultado é que a Low Carb mais pioraria do que ajudaria.

Dr. Souto: Procurem a Dra. Carrie Diulus. É possível sim. O problema é que folha não tem caloria, não sustenta. A origem da dieta de planta é carboidrato.

A Dra. Diulus é diabética tipo 1 e só conseguiu manter a hemoglobina glicada controlada por causa da Cetogênica. É coco, abacate e oleaginosas. É muito bolinho e gorduras vegetais. E suplementar para não ficar deficiente em proteínas. Ela faz a festa em vegetais de baixo amido. Mas, não é possível viver só de baixo amido.

Siga a Dra. Diulus no twitter, indicada pelo Dr. Souto.

Qual a relação entre carne vermelha e câncer?

Dr. José Neto: As evidências que existem vêm de estudos observacionais. Normalmente, quem come mais carne vermelha bebe mais, fuma mais, faz tudo errado. Então, não consigo dizer que carne vermelha não causa câncer, mas falar que causa é errado. Não temos essa resposta.

Ao longo dessa caminhada, passei a valorizar muito a questão do evolucionismo. O ser humano sempre comeu carne. Por que a carne seria tão lesiva assim agora? Realmente não consigo acreditar. Preciso de um ensaio clínico randomizado. Um grupo com carne, outro sem e, em 30 anos, veremos o que acontece.

É possível inferir causa em estudos observacionais? Sim, no caso de tabaco e câncer de pulmão. Tivemos uma odds ratio [razão de chance] maior de 10. Trabalhos que associam carne e câncer dão um ratio de 2 ou 2,5.

Fico com medicina baseada em evidência. O ser humano sempre comeu isso. Até termos estudos randomizados, seguirei comendo isso.

Claro que o tipo de carne, pasto e tal importa. Mas, prefiro uma carne vermelha não tão boa e um vegetal não orgânico do que trigo cultivado pelas virgens do Himalaia.

Dr. Souto: Comer carne vermelha é, na realidade, um marcador de risco. Dirigir bêbado, não usar cinto de segurança, isso sim está associado a comer carne.

Tentamos, mas simplesmente não conseguimos causar câncer com uso de carne vermelha em animais, por exemplo. Vegetarianos têm mais câncer de colo do que carnívoros. Como carne causaria câncer?

Dr. José Neto: Dou um curso de Medicina Baseada em Evidências e uso esse exemplo. Há anos, saiu algo da OMS culpando carne vermelha. Era um aumento de 18% do risco. Primeira questão: risco relativo ou absoluto? Era relativo. Ok, qual o risco de câncer na população em geral? Era de 6%. Ou seja, o risco caía de 6 para 5%.

Mesmo que o estudo estivesse certo (era observacional), isso significaria que, se eu comesse bacon todos os dias, meu risco de câncer cairia de 6 para 5. Desculpe, mas, vou continuar comendo.

Para quem a Low Carb é contraindicada?

Sabemos dos benefícios da Low Carb, porém pouco se fala sobre para quem ela não é indicada. Gostaria que comentassem sobre hiper-responsivos, mutações genéticas e o que pode ser feito.

Dr. Souto: os três perfis ideais para Low Carb que hoje considero são:

  • diabetes
  • síndrome metabólica
  • obesidade

Na minha leitura, a literatura é tão forte, que é preciso oferecer para estas pessoas.

Pessoas com IMC muito baixo, menor de 18, fazer Low Carb pode não ser interessante. Neste caso, falamos de pessoas geneticamente magras demais. São pessoas que precisam comer mais para ganhar massa magra, para ganhar peso. A Low Carb inibe o apetite.

Talvez, uma Low Carb moderada, que apenas bloqueie o lixo. Açúcar nunca faz bem, farinha também não.

Sobre hiper-responsivos, são pessoas que fazem Low Carb, têm benefícios, mas o colesterol dispara. Não falo de 170 pra 220. E se for para 400 o colesterol? Não entendemos bem ainda o que ocorre, parece que é um polimorfismo genético.

A insulina baixa na Low Carb começa a fazer lipólise, o fígado aumenta a Acetil-CoA, que precisa ir para algum lugar.

Os corpos cetônicos também podem entrar na rota do colesterol. Em algumas pessoas, o colesterol pode disparar. Se for pra 500, como tem alguém na plateia, só sair da cetose já ajuda. Alguns carboidratos Paleo já funcionam.

Também, há pessoas que, se são hiper-responsivas, têm que mudar o perfil das gorduras. Menos torresmo, porco e mais nozes e castanhas, peixes e abacates. Low Carb não é se encher de gordura saturada.

Alguns dizem que o gene ApoE4 pode estar associado à resposta. Não temos um estudo concreto sobre isso. É uma hipótese. Como ninguém sabe, na dúvida, deixemos o colesterol um pouco mais baixo neste caso.

Dr. José Neto: penso um pouco diferente do Dr. Souto. Não sabemos se o colesterol é vilão. Como está o paciente? Fuma? É hipertenso? Qual o histórico familiar?

Há duas calculadoras de risco que uso. Framingham e MESA.

Elas me ajudam a nortear o risco. Preciso saber o risco de o indivíduo ter um evento cardiovascular. Se ela mostra um risco de 5%, até 10%… Bem, isso não é 50%. Se o paciente está bem, mas o colesterol está 400 e o risco é baixo, vai fazer o exame de escore de cálcio. Se o escore for zero, o risco que já era baixo será ainda mais baixo.

É óbvio que o que o Souto falou não está errado. Eu só não tenho medo do colesterol. Pode ser 400, 450 ou 500. Eu olho para o paciente como um todo. Eu não uso estatinas só porque o colesterol alto.

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(foto: @nutridaspanelas)

Há evidência de melhoria psiquiátrica na Low Carb?

Dr. Souto: Não temos ensaios clínicos randomizados. Houve com a Dieta Mediterrânea feita com um pouco menos de carboidratos, mas não era Low Carb. O estudo mostrou melhoria sim. No caso da depressão, a melhoria foi equivalente ou até superiora aos antidepressivos.

Vemos coisas no consultório, mas temos muitos vieses. O principal é que nossa memória é seletiva. Quando dá certo, a gente lembra. O que não deu certo, esquecemos. Por isso precisamos de estudos.

Há muitos relatos ligando Transtorno Bipolar e Dieta Cetogênica com grande plausibilidade biológica. Sabemos que Keto foi criada para epilepsia.

Nos anos 1920, era sabido que o jejum conseguia interromper ataques epilépticos em uma época que não havia medicação. Botavam a criança na dieta líquida. Mas, quando a criança comia, voltava a ter ataques. A Keto entrou para alimentar a criança e segurar os ataques ao mesmo tempo. Mas, vieram os comprimidos e mudaram isso.

A Cetogênica para epilepsia reviveu quando vimos que pessoas não respondiam a tratamentos medicamentosos. Usavam 4 ou 5 drogas e tinham 10 ataques por dia. A Keto, muitas vezes, resolvia o problema. O maior centro é o Johns Hopkins, que usa a Atkins Modificada.

Nota pessoal: 30% das crianças com epilepsia não respondem ao tratamento medicamentoso.

Neste caso, parte-se para a cirurgia, que é possível no caso de epilepsia focal. Caso não seja focal, mas sim generalizada, a única alternativa é a estimulação nervosa, um tratamento muito caro, feito em poucos hospitais no mundo, cuja média de resultados é melhoria de 40% nas crises.

Então, a única solução para as crianças que não entraram em nenhuma das soluções mencionadas, é a Dieta Cetogênica (ou viver com crises).

Uma média de 50% de crianças têm melhorias com a Dieta Cetogênica. A melhoria é, em média, redução de 50% nas crises epilépticas. Mas, este número é extremamente variável, principalmente por causa da dieta escolhida. Pode ir de uma redução de 10% das crises até o fim completo delas em poucos dias.

Atualmente, há quatro tipos de Dieta Cetogênica para epilepsia: a Clássica, a Dieta do MCT, a Dieta do Índice Glicêmico e a Dieta Atkins Modificada, que é basicamente a que todos nós, sem graves transtornos neurológicos, fazemos.

A Cetogênica Clássica é a mais difícil de ser seguida, claro, mas é a que apresenta melhores resultados nas crianças. Bem, voltemos à fala do Souto.

A maior parte das drogas da epilepsia são as drogas para Transtorno Bipolar. Aparentemente, há algo na Keto que trata tanto epilepsia quanto bipolaridade. Bioplausibilidade há, mas é isso. Faltam estudos.

Existe uma diferença entre medicação e estilo de vida. Se eu for usar remédios que podem ter efeitos colaterais graves, preciso de um estudo seguro para me arriscar.

Contudo, não preciso do mesmo nível de evidência para cortar pão. Não falamos sobre o mesmo risco. Não precisamos de tanta evidência para testar mudanças na dieta como precisamos para testar medicamentos. É diferente. Qual o risco? Perder peso.

Leia também | Dieta Cetogênica para saúde mental

Amendoim e aveia na Low Carb? Qual o melhor vinagre? 

Polyana Freitas: Vou confessar: estou há cinco meses sem amendoins. Amendoins não são oleaginosas. Coma nas mesmas quantidades, mas saiba que eles têm antinutrientes que podem dar alergias. Fique de olho. Normalmente, é a mesma quantidade. 30g. É uma xícara de cafezinho.

Vinagre, claro. Maçã ou vinho branco. Pode ser de limão também. O vinagre balsâmico tem xarope no meio. É muito doce. Vinagre de maçã não é a cura de todos os males. É bom na salada. Apenas isso.

Aveia tem um monte de carboidrato, não é bom em Low Carb. Não entra. Quem quiser colocar mais carboidratos, tubérculos são melhores.

Como fica o treino na Dieta Cetogênica?

Tiago Proença: Depende do que a pessoa procura: perda de gordura? Ganho de massa? Muita gente reage bem ao início de treinamento com objetivo de ganho de massa. Mas, em certo momento, ela não consegue mais. Daí, entra o nutricionista para mudar a estratégia.

Há pessoas que têm ótimos resultados no caso de hipertrofia na Keto, mas são casos que precisarão de orientação. Tanto para ganho de massa muscular como para hipertrofia.

Nesse momento, um consumo maior de carboidratos pode ajudar. Pessoal, parando de comer porcaria é um passo gigantesco. Esse é o primeiro ponto. Esse é o começo da melhoria de humor e vários benefícios que incluem o treinamento.

Muitos levantadores de peso querem sim ficar mais fortes, querem ombros e bíceps aparecendo, daí, precisamos mudar estratégias.

Dr. José Neto: Há uma via metabólica fundamental na hipertrofia. Eu bloqueio essa via em tratamentos de doenças graves. Será que é saudável forçar essa via?

Polyana Freitas: Por que a pessoa está fazendo a Cetogênica? Para emagrecimento? Foca no emagrecimento, depois vê os ganhos musculares. O objetivo é o mais importante.

Tiago Proença: Falo para todas as pessoas que a Dieta Cetogênica, no caso da hipertrofia é apenas estético. Ponto final.

O que devemos comer antes e depois do treino?

Tiago Proença: Esta é uma pergunta diária. A indústria vende cada vez mais produtos. Realmente, as embalagens são bonitas e os produtos cada vez mais gostosos. O que oriento para o aluno é: a grande maioria das pessoas que está conosco não come nada.

Hoje, treino sem comer. Algumas vezes, quando vou treinar e sei que o volume do treino será muito pesado, me sinto melhor comendo. Uma omelete. Água. Café preto sem açúcar.

Atualmente, oriento: você vai comer se sentir que precisa comer. Não precisa comer para treinar necessariamente. Eu treino de manhã e não como. Às vezes, passo sem almoço e como à tarde. Estou bem.

Mas, depende do treinamento. Se eu tiver intensidade muito alta todo dia, daí, preciso me alimentar mais. Sinto diferença.

Quem está na Low Carb, sabe que a fome diminui demais. Quando você diminui o carboidrato, não sente fome. Quando a nutricionista manda você se alimentar, eu pergunto se você sente necessidade, como você se sente depois do treino. Há pessoas que não sentem vontade antes ou depois.

As necessidades nutricionais precisam ser calculadas. Calorias importam sim. Mas, se a pessoa quer perder peso ou perder gordura e começa a treinar e comer bem menos, ela vai sim perder massa muscular. Mas, ficar agarrado ao sanduíche porque tem que comer é outra história.

Dr. José Neto: O homem das cavernas não comia para caçar, ele caçava para comer. Não digo que, se você sentir fome, não deve comer. Só digo que é contraintuitivo. É como se você pensasse se deve ir ao banheiro antes ou depois do treino. Vai quando sentir vontade.

Dr. Souto: Lara Nesteruk atende atletas. Ela diz que o fisiculturista que tem 7% de gordura está na fase de comer 2,5g para cada quilo. Ele precisa comer de 3h em 3h, porque não consegue comer tanto de uma vez.

Mas, isso não é a realidade do cara gordinho com síndrome metabólica que precisa de uma banana para levantar pesinhos coloridos na academia.

Tiago Proença: Temos que separar pessoas com problemas de saúde e fisiculturistas. São estratégias diferentes, tanto nutricionais quanto de treino. Muitas pessoas podem treinar sem comer. É isso que quis dizer.

Qual deve ser a dieta para doenças renais?

Tenho doença renal e meu médico mandou não ingerir gordura nem óleo de coco. O que devo fazer neste caso?

Dr. José Neto: Qual o grau de lesão renal? Esta é primeira coisa a perguntar. Preciso saber os níveis de creatinina. O melhor estudo sobre isso testou dietas de baixíssimo consumo de proteínas e médio consumo. Os resultados foram iguais.

Nos pacientes mais graves, precisamos individualizar. Além da proteína, precisamos avaliar o fósforo e o potássio. Mas, falar que pacientes com problemas renais não podem comer gordura… De onde ele tirou isso? Não tem evidência alguma.

Dr. Souto: Consigo entender o pensamento errado que levou à conclusão errada sobre proteínas. Mas, sobre as gorduras, é apenas bizarro. É senso comum, só pode. Se a pessoa chega e diz que tem vitiligo, você a manda comer mais frutas e menos gorduras.

O médico viu isso na Ana Maria Braga. Lembre-se que médicos não estudam nutrição. Pergunta para um cardiologista sobre dieta. Ele sabe tanto quanto sua secretária. Gorduras não têm nada a ver com rins.

Dr. José Neto: É o problema das pessoas com problemas cardíacos. O sujeito tem 80% da artéria bloqueada, entrou na Low Carb e morreu? A culpa é da Low Carb. Não sabemos enxergar probabilidades.

Quando partimos de um paradigma errado, acabou. Conversava com o Rodrigo Bomeny e ele é brilhante, mudou nosso jeito de pensar sobre a tireoide. Hoje, uso alternativas no consultório graças a ele.

Bem, conversava com ele sobre isso, começamos com paradigmas errados e todo raciocínio fica errado. É medicina da fé. Não é ciência. Precisamos o tempo todo duvidar. Inclusive da Low Carb. A evidência não é o que acreditamos.

Polyana Freitas: Neste caso, o tradicional é alguma redução de proteína. Ninguém fala sobre gorduras.

Dr. José Neto: A dieta renal crônica é hipotudo. Você tira até alface.

Paleo e Low Carb para gestantes e lactantes?

Polyana Freitas: Adoro quando aparecem mulheres no meu consultório e falam que têm o projeto do filho no próximo ano. Pode ser uma mãe com sobrepeso que faz Low Carb para emagrecer. Às vezes, sigo modulando na gestação, deixando moderada. Se ela já está adaptada, eu apenas mantenho. Quanto antes a grávida aparecer no consultório, melhor. O leite não seca e as crianças nascem bem saudáveis.

Se chegar amamentando, não gosto de nada radical, eu só tiro o lixo. Diminuo os carboidratos refinados e ponho comida saudável.

Sites e contato dos convidados

Acesse os links dos convidados do 1º Seminário Gaúcho de Alimentação Paleo e Low Carb. Leia os sites destes médicos e profissionais de saúde. Use fontes confiáveis para adquirir informação.

Não brinque com sua saúde. Faça exames antes de entrar na Dieta Cetogênica e durante a dieta. Se você tiver condições sérias de saúde, esteja sempre ao lado do seu médico. Sempre.

Polyana Freitas
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Dr. José Neto
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