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Novo estudo fecha consenso sobre reposição de estrogênio na menopausa

reposição estrogênio modulação hormonal cetogênica para mulheres

Disclaimer: este conteúdo é informativo para o público em geral com base em pesquisas científicas e não substitui avaliação com seu profissional de saúde.

Mulheres têm de 2x a 3x mais chance de desenvolverem Alzheimer. Ainda, a progressão da doença é mais rápida em nós. Geralmente, quando vemos esta diferença brutal, há estrogênio em jogo. É o caso da Depressão de Inverno, em que há grave desequilíbrio no ciclo circadiano. O senso comum só fala de alteração em melatonina, mas fato é que estrogênio é CRUCIAL nos relógios internos ao ponto que a reposição de estrogênio aumentará a amplitude da melatonina nos ciclos. No caso de depressão na menopausa, estrogênio potencializa inclusive o efeito dos antidepressivos (Parry, B., Newton, R. Chronobiological Basis of Female-Specific Mood Disorders. Nature Neuropsychopharmacology)

No caso do Alzheimer é longa a discussão sobre reposição de estrogênio pelo seu efeito neuroprotetor. Trocentos estudos foram feitos com resultados variados tamanha a complexidade da mulher. O consenso saiu agora no JAMA Neurology:

INICIAR A REPOSIÇÃO DE ESTROGÊNIO ATÉ CINCO ANOS APÓS O INÍCIO DA MENOPAUSA – 12 meses seguidos sem menstruar.

Acesse aqui o estudo referido: Association of Age at Menopause and Hormone Therapy Use With Tau and β-Amyloid Positron Emission Tomography

A idade média para menopausa é de 51 anos, mas pode variar de 40 a 58 anos. A janela de ouro encontrada neste estudo não é nova: o que chamou a atenção foi encontrar elevação da proteína TAU, um marcador da doença, em mulheres que começaram a reposição hormonal após este período de 5 anos.

Calma, respira: o estudo verificou que este agravamento só ocorria em mulheres já com elevação de beta-amiloide. Por isso estou escrevendo este post, para evitar desespero. Em termos práticos, o que o estudo encontra é benefícios do estrogênio até 5 anos após menopausa e que mulheres menopausadas e já no contínuo do Alzheimer devem conversar com o médico antes da reposição.