A natureza compulsiva da mente [o caminho de saída das prisões]

Você sofre de compulsão. Você não consegue parar sua mente. Você sempre cai. Se sabota. Você sempre será assim. Ok, estes sentimentos permeiam sua mente, mas preciso dizer que eles são apenas um desenrolar inevitável da natureza da mente humana.

Hoje, quero te acolher mostrando como tudo que você atribui a você mesma foi descrito há mais de cinco mil anos, pelos primeiros pensadores que pararam e observaram o ser humano.

Cada mínimo passo apresentado nesta estrutura da nossa espécie saiu de escrituras milenares, o que nos mostra que o fim das prisões que hoje te torturam é uma busca fundamental de todos nós.

Vou te mostrar como sua mente foi se degenerando a partir de crenças equivocadas (crenças que sustentam a sociedade atual) e como você vai começar a caminhar para fora disso… Para fora das crenças externas e para dentro de você.

Do pequeno prazer à mais profunda depressão, somos todos sujeitos a este sistema. É por tudo que apresento neste vídeo que ouso dizer que aqueles que conheceram o inferno e saíram dele são os seres que devemos acompanhar. Estes, obrigatoriamente, cruzaram o grande caminho da existência humana e têm algo e nos ensinar.

Assista abaixo ao primeiro vídeo sobre compulsão alimentar e vícios na Dieta Cetogênica

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Deixo vocês dois versos de um dos mais fundamentais textos do yoga, Bhagavad Gita, com comentários de grandes mestres.

Quero agradecer imensamente aos meus professores na Tradição de Krishnamacharya, Jorge Knak, Maria Nazaré Cavalcanti e Solange Wittmann, que me guiam através desta jornada e seguirão me guiando pelos próximos muitos anos. Não haveria cura sem vocês. Conheça o trabalho dos professores no site psicologiadoyoga.com.br

Gratidão à professora Solange pelo desenho que reproduzo no quadro do vídeo e pelo texto abaixo.

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Krishna ensina Arjuna a cruzar a grande guerra da vida, na Bhagavad Gita

Verso 62

Por pensar nos objetos dos sentidos uma pessoa desperta apego por eles; do apego surge o desejo, do desejo surge a ira;

Comentário

De fato, a respeito de uma pessoa cujo apego aos objetos dos sentidos é eliminado, mas cuja mente não está focada em Mim (self), mesmo que ela controle os sentidos, a contemplação nos objetos dos sentidos é inevitável por causa das impressões dos resultados negativos desde tempos imemoriais.

Desse modo, o apego aumenta em uma pessoa que pensa nos objetos dos sentidos. Do apego nasce o desejo. O que é denominado desejo é o estágio mais adiante do apego. Após alcançar esse estágio, não é possível para uma pessoa permanecer sem experiência os objetos dos sentidos.

De tais desejos surge a ira. quando um desejo existe sem o seu objeto ser acessível a ira surge contra as pessoas próximas com o sentimento, “nosso desejo é frustrado por essas pessoas”.

Verso 63

Da ira surge a ilusão; da ilusão, a perda da memória; da perda da memória, a destruição do discernimento; e com a destruição do discernimento a pessoa fica perdida.

Comentário

Da ira acontece o descontrole mental. descontrole mental é a falta de discernimento entre o que deve ser feito e o que não deve ser feito. Não possuindo esse discernimento a pessoa faz de tudo e qualquer coisa. então a partir daí segue-se a confusão da memória ou seja das impressões dos esforços anteriores concernentes ao controle dos sentidos.

Da confusão da memória vem aí em capacitação do discernimento. o significado disso é que a ver a destruição do efeito dos esforços feitos anteriormente para obter o conhecimento do eu. com a incapacitação do discernimento a pessoa fica perdida ou seja cai profundamente no samsara ou na mundanidade.