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Especial: Psilocibina na prática (depressão e compulsão alimentar)

Este conteúdo foi criado para orientar meus apoiadores no Telegram. Por lá, eles já tiveram aulas em áudio e texto. Aqui, eu resumo a parte prática para que fique organizado em nossa biblioteca/media center (restrito – senha disponível em nosso Telegram). Neste acervo, vocês encontrarão especiais sobre dieta cetogênica, ketamina, cursos e palestras internacionais, além de livros fundamentais ao mundo do baixo carboidrato.

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A espécie que temos aqui o Brasil é a P. Cubensis. No livro “Psilocybin Mushroom Handbook”, indicado pela APPCCP (associação dos pacientes Pesquisadores Cultivadores de cogumelos psilocibinos), temos as seguintes métricas (gráfico abaixo e download do livro a seguir): download do livro, “Psilocybin Mushroom Handbook”, aqui.

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Psilocibina para Mulheres

No meu Telegram, encontrarão uma aula magna sobre SAÚDE FEMININA, que tocará do sistema imunológico à crise dos 40 – psicológica e fisiologicamente falando. Aqui, teremos a alimentação, todos os suplementos necessários e a psilocibina aparecerá não como reguladora de receptores de SEROTONINA apenas, mas especialmente como reguladora dos receptores de ESTROGÊNIO, uma chave fundamental pouco discutida, por ser restrita ao mundo das mulheres (tão pouco explorado no universo científico).

Esta breve parte da psilocibina terá base no trabalho de Jennifer Chesak, autora do livro “Psilocibina para mulheres”. Seja meu apoiador e acesse a aula completa sobre saúde feminina, disponível ainda em setembro.

Faça o download do pdf do livro da Jennifer Chesak, The Psilocybin Handbook for Women

DOSES DE COGUMELOS (PSILOCIBINA)

Segundo a obra “Psilocybin Mushroom Handbook”. Participe do meu Telegram para saber mais informações sobre cursos, onde conseguir a forma mais recomendada (em cápsulas) e outros temas que envolvem este universo. Seja meu apoiador e participe do telegram: apoiador mensal via catarse aqui (via pix anual me chamar nas mensagens do instagram).

BAIXA DOSE: 0,0125G/KG

  • Uma pessoa com 60kg, baixa dose seria 0,7g
  • Pessoa com 70kg, baixa dose seria 0,8 a 0,9g
  • Homem com 80kg, baixa dose seria 1g, como já está pronto no gráfico.

CONTUDO, PRECISO AVISAR: a baixíssima dose de 0,2g já me dispara sintomas complicados ligados à hiperativação de sistema simpático. É algo raro, vi ocorrer apenas em dois clientes até hoje, por isso sempre começamos com doses baixas. A energia que o cogumelo ativa nestes casos raros é imensa. Surgem sintomas como necessidade de movimento, taquicardia, bem como alterações em temperatura corporal – para mais ou para menos. Tipicamente, os sintomas duram 1h. Se mover e comer ajudam a dissipar estes efeitos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM COGUMELOS (PSILOCIBINA)

Tipicamente, nos preocuparemos com a interação entre cogumelos e um tipo específico de medicação, que se chama “Inibidores da monoamina oxidase” (IMAOs). O estudo “Serotonin toxicity of serotonergic psychedelics” é muito claro nisso: o risco de interação entre cogumelos e outras classes de medicação são muito baixos.

Os sintomas apresentados neste estudo estão de acordo com o que eu passo: “mioclonia (movimentos involutários), sinais vitais extremos e flutuantes, agitação ou torpor mental, rigidez muscular, hipertemia (febre) pronunciada e/ou crise convulsiva.”

Justamente por isso, gosto da prudência em primeiro lugar. Mesmo que não haja medicação em jogo, meus leitores e seguidores compartilham de desordens cerebrais que passam pela desregulação de serotonina. Isso pode ir da esquizofrenia a desordens relacionadas a estrogênio, passando pela mutação MTHFR e baixo folato.

Por isso, eu preciso reforçar que se comece com muita cautela, em doses baixas como 0,2g, dando espaço de 4h para observação de sintomas.

Daí sim, na próxima vez, três dias depois, subir para 0,3g; 0,4g e assim sucessivamente até encontrar a dose correta, altamente individual. Lembrando que o livro considera 0,7 baixa dose.

Minha dose máxima é, portanto, 0,2. A partir de 0,4, tenho crises convulsivas leves.

FREQUÊNCIA DE USO DOS COGUMELOS (PSILOCIBINA)

É típico vermos o protocolo do “dia sim, dois não”. Exemplo: tomou no sábado pela manhã. Domingo não, segunda não, terça sim.

Porém, fato é que os protocolos são incrivelmente variáveis. Um dos protocolos que mais gosto é o do estudo randomizado para substituição de escitalopram por psilocibina. Aqui, em determinada fase do estudo, aos participantes foram dadas cápsulas diárias de psilocibina. Por tamanha variação na frequência dos estudos, é prudente avaliar caso a caso.

ESTUDOS PARA DEPRESSÃO (escitalopram x cogumelos)

Estudo na Nature comparou duas doses de psilocibina sintética, 10 e 25 mg, com 7 dias de intervalo entre cada sessão e houve um empate técnico nos efeitos entre escitalopram (Lexapro) e psilocibina. “Increased global integration in the brain after psilocybin therapy for depression”, (2022).

“Como ainda não existe uma equivalência direta com as doses de cogumelo e psilocibina sintética, vamos considerar que 10 mg de psilocibina sintética é considerada uma dose leve e 25 mg uma dose moderada.” Estas diretrizes nos foram passadas pelo farmacêutico e membro da APPCCP, criador do site Vital Psilo.

Acesse o site Vital Psilo aqui

“Como ainda não existe uma equivalência direta com as doses de cogumelo e psilocibina sintética, vamos considerar que 10 mg de psilocibina sintética é considerada uma dose leve e 25 mg uma dose moderada.” Estas diretrizes nos foram passadas pelo farmacêutico e membro da APPCCP, criador do site Vital Psilo.

Ainda, sobre a questão da equivalência entre a psilocibina sintética e os cogumelos, “é possível que o efeito entourage (sinergismo das diferentes triptaminas encontradas nos cogus) tenha um impacto superior e mais intenso ao uso da substância sintética”, nos explica Marcel. Por isso, na dúvida, é importante sempre começar com doses baixas e observar a resposta individual.

Por favor, siga o Vital Psilo no instagram para acompanhar os mais recentes estudos com psilocibina: efeitos anti-inflamatórios, redução de dor crônica, como atua nos hormônios do estresse, risco de microdosagem para quem tem problemas cardíacos. Somos todos científicos aqui. Estamos lidando com vidas. Todas as informações são publicadas.

PSILOCIBINA x ESCITALOPRAM: DIFERENÇAS PRÁTICAS NO PESO

Como trabalho com transtornos alimentares, um conhecimento da minha área deve ser ponderado. Enquanto o estudo da Nature, acima referenciado, encontrou empate técnico entre psilocibina e escitalopram , nos casos de compulsão alimentar, obesidade, bulimia, o escitalopram pode ser um problema sim.

A revisão, publicada na Translational Psychiatry (Nature, 2016), traz estudo de Sussman et al. que encontrou que 17,9% das pessoas que tomam Inibidores seletivos da recaptação de serotonina elevam uma média de 7% do peso que tinham ao iniciar o tratamento. Mesmo assim, é justo salientar que escitalopram é um dos psicofármacos que menos afeta o peso, em comparação com drogas como mirtazapina.

Já o Journal of Psychiatry and Neuroscience (2022) traz artigo debatendo como ensaios pré-clínicos apoiam psicodélicos como parte de terapias para indivíduos com obesidade e transtornos alimentares, incluindo anorexia nervosa e compulsão alimentar. Ainda são poucos os estudos relacionados a este tema, mas os relatos e minha prática com clientes deixa claro que logo mais veremos exatamente o que o Journal of Psychiatry and Neuroscience nos trouxe. Tem sido incrível o uso de psilocibina nos casos de compulsão alimentar, especialmente aliado a dietas low carb / cetogênicas.

REVISÃO SISTEMÁTICA COGUMELOS PARA DEPRESSÃO

Revisão sistemática com meta-análise 07 ensaios clínicos randomizados para encontrar a “dose ideal” de cogumelos no tratamento de depressão resistente, concluindo que estas pessoas respondem predominantemente a doses mais altas de psilocibina (40 mg/70 kg). Cautela individual aqui. Há um longo caminho de testes com baixas doses até tua terapia assistida permitir dosagens mais elevadas.