As top doenças crônicas da civilização sejam psiquiátricas neurológicas ou metabólicas estão relacionadas a disfunções mitocondriais ligadas ao lactato, piruvato, cadeia de transporte de elétrons, carnitina, acilcarnitinas, alteração de aminoácidos, purina e ácidos graxos. Preciso passar por cada um deles para encontrar cofatores eficientes com base na metabolomica, genômica e disfunção mitocondrial. Vamos começar com acilcarnitinas: a maioria dos distúrbios tem disfunção aqui, por isso é um alvo importante na medicina de precisão. Como a ciência lida com isso: medicação, nutracêutico, suplementos para modular o problema relacionado à oxidação de triglicerídeos de cadeia longa?
As acilcarnitinas são derivados da carnitina que desempenham um papel crucial no metabolismo de ácidos graxos. Eles são formados quando os ácidos graxos são ligados à carnitina, facilitando o transporte desses ácidos graxos para dentro das mitocôndrias, onde podem ser oxidados para energia.
Compreender as acilcarnitinas é vital no contexto da disfunção mitocondrial, pois alterações em seu metabolismo podem ter implicações significativas para a produção de energia e para a saúde metabólica geral.
O que são acilcarnitinas?
Acilcarnitinas servem como intermediários no transporte de ácidos graxos de cadeia longa para as mitocôndrias para oxidação beta.
Sua principal função é transportar ácidos graxos através da membrana mitocondrial, permitindo sua oxidação para a produção de ATP.
Esse processo é essencial para o metabolismo energético, especialmente durante os períodos de jejum, dieta cetogenica ou exercícios prolongados, quando a disponibilidade de glicose é baixa.
Metabolismo alterado da acilcarnitina
Alterações no metabolismo da acilcarnitina são frequentemente observadas em vários distúrbios metabólicos, incluindo aqueles associados à disfunção mitocondrial. Essas alterações podem levar a um acúmulo de acilcarnitinas no sangue, indicando oxidação prejudicada de ácidos graxos. Ou seja crise energética mesmo quando há gordura excedente.
Oxidação de Ácidos Graxos
Este termo refere-se ao processo metabólico pelo qual os ácidos graxos são decompostos nas mitocôndrias para produzir energia.
Se a oxidação de ácidos graxos for prejudicada, o corpo não pode utilizar as gorduras como fonte de combustível, levando à dependência de carboidratos ou proteínas para energia. Se houver problemas na quebra de proteínas ou uso de proteínas lentas, a pessoa pode passar por risco de vida, como body wasting ou caquexia.
Em casos menos graves, isso pode resultar em sintomas como fadiga, fraqueza muscular e desregulação metabólica.
No entanto, eles ainda podem utilizar cetonas, que são produzidas a partir de ácidos graxos durante períodos de baixa disponibilidade de carboidratos. As cetonas podem servir como uma fonte alternativa de energia para o cérebro e outros tecidos. Neste caso, seria necessário a utilização de suplementos e gorduras específicas na dieta.
Abordagens Científicas para Modular o Metabolismo da Acilcarnitina
1. Medicação
– Suplementação de Carnitina
Os suplementos de L-carnitina podem ajudar a aumentar a disponibilidade de carnitina, melhorando potencialmente o transporte de ácidos graxos para as mitocôndrias e aumentando a produção de energia.
Inibidores do Acúmulo de Acilcarnitina
Certos medicamentos, como o mildronato, demonstraram inibir a síntese de carnitina, reduzindo assim os níveis de acilcarnitina e melhorando a função mitocondrial em contextos específicos.
2. Nutracêuticos e Suplementos
Triglicerídeos de Cadeia Média (MCTs)
Os MCTs são facilmente metabolizados e podem fornecer uma fonte rápida de energia sem depender muito das vias de carnitina. Eles podem ser benéficos para indivíduos com oxidação prejudicada de ácidos graxos.
O papel dos MCTs nestas desordens
As acilcarnitinas de cadeia média estão diretamente relacionadas a triglicerídeos de cadeia média (MCTs) e gorduras de cadeia média. Os MCTs consistem em ácidos graxos com 6 a 12 átomos de carbono e, quando esses ácidos graxos são metabolizados, eles podem formar acilcarnitinas correspondentes.
Ácidos Graxos Omega-3, óleo de abacate e oliva:
Estes podem ajudar a melhorar a função mitocondrial e podem influenciar positivamente os níveis de acilcarnitina.
3. Intervenções dietéticas
Ingestão Equilibrada de Macronutrientes
Garantir um equilíbrio adequado de carboidratos, proteínas e gorduras pode ajudar a controlar os níveis de energia e a saúde metabólica.
Considerações da Vida Diária e Estratégias de Tratamento
Na vida diária, indivíduos com metabolismo alterado da acilcarnitina podem precisar de
Monitoramento constante, sua focando na qualidade e no tipo de gorduras consumidas.
– atividade física regular, que pode melhorar a função mitocondrial e melhorar a flexibilidade metabólica. Caso o estado já esteja grave, haverá resistência a exercícios. Aqui, apenas médicos poderão intervir.
- Quais doenças estão relacionadas à disfunção da acilcarnitina nas mitocôndrias? Depressão, autismo, transtorno bipolar, diabetes, tdah, esquizofrenia, Alzheimer, Parkinson…
Porque o metabolismo alterado da acilcarnitina está se tornando uma marca registrada para a medicina de precisão.
Muitos distúrbios têm o metabolismo alterado da acilcarnitina. O problema é que se eles alteraram o metabolismo e eu lhes dou lhes aponto gorduras de cadeia longa, a acilcarnitina pode se acumular, tornando-se um problema para doenças cardíacos. Então, quais são as principais doenças com disfunção nas acilcarnitinas?
1. **Distúrbios do Espectro do Autismo**: Pesquisas indicam perfis alterados de acilcarnitina em indivíduos com autismo, sugerindo desregulação metabólica.
2. **Transtorno Bipolar**: Estudos mostram associações entre os níveis de acilcarnitina e transtornos de humor, incluindo transtorno bipolar.
3. **Depressão**: O metabolismo alterado da acilcarnitina foi implicado em transtornos depressivos, potencialmente afetando o metabolismo energético.
4. **Diabetes**: Os níveis de acilcarnitina desregulados estão ligados à resistência à insulina e ao diabetes tipo 2.
5. **Doença do Fígado Gorduroso Não Alcoólico (DFA)**: Aumento de acilcarnitinas é observado na NAFLD, indicando uma conexão com a disfunção mitocondrial no metabolismo do fígado.
6. **Cardiomiopatia**: Distúrbios que afetam a função do músculo cardíaco podem estar ligados ao metabolismo alterado da acilcarnitina, afetando o suprimento de energia.
7. **Obesidade**: Mudanças nos níveis de acilcarnitina estão associadas à obesidade e distúrbios metabólicos relacionados.
8. **Doença de Parkinson**: Alterações no metabolismo lipídico, incluindo acilcarnitinas, foram observadas na doença de Parkinson.
9. **Miopatia mitocondrial**: Condições caracterizadas por fraqueza muscular devido à disfunção mitocondrial geralmente mostram níveis alterados de acilcarnitina.
Essas condições destacam a importância do metabolismo da acilcarnitina em vários distúrbios metabólicos e neuropsiquiátricos, tornando-a um foco para abordagens de medicina de precisão.
Para indivíduos com distúrbios do metabolismo de ácidos graxos, particularmente aqueles com metabolismo alterado da acilcarnitina, escolher os tipos certos de gorduras é crucial, especialmente ao considerar uma dieta cetogênica para doenças neurológicas ou cardíacas. Aqui estão as gorduras seguras e as diretrizes dietéticas:
1. **Triglicerídeos de Cadeia Média (MCTs)**
– **Benefícios**: Os MCTs são rapidamente absorvidos e metabolizados, fornecendo uma fonte rápida de energia sem depender muito das vias de acilcarnitina. Eles podem ajudar a contornar a oxidação prejudicada de ácidos graxos.
2. **Azeite**
Rico em gorduras monoinsaturadas e antioxidantes, o azeite apoia a saúde do coração e pode ter propriedades antiinflamatórias. Geralmente é seguro para indivíduos com distúrbios metabólicos.
3. Óleo de Abacate
Semelhante ao azeite, o óleo de abacate é rico em gorduras monoinsaturadas e pode fornecer energia saudável sem exacerbar o acúmulo de acilcarnitina.
4. Óleo de Coco
Contém MCTs, que podem ser benéficos para o metabolismo energético. No entanto, a moderação é fundamental, pois também contém gorduras saturadas.
Diretrizes Nutricionais
– Foco em MCTs: a dieta oficial neste caso seria a Pang modificará do mct ou cetogenica do mct. Incorpore o óleo MCT correspondendo de 50 a 70% das gorduras totais do dia para fornecer uma fonte de energia prontamente disponível sem estressar as vias de oxidação dos ácidos graxos.
– Limite os Ácidos Graxos de Cadeia Longa
Um máximo de 50% de ácidos graxos de cadeia longa, pois podem levar ao acúmulo de acilcarnitina e piorar a disfunção metabólica.
– Ingestão Equilibrada de Macronutrientes
Garanta um equilíbrio adequado de carboidratos e proteínas para apoiar as necessidades gerais de energia sem depender apenas de gorduras.
Isso me leva à Doença hepática gordurosa. O fígado gorduroso, o problema de que as pessoas estão falando, não há consenso algum na ciência sobre se fígado gorduroso causado pelo excesso de gordura carboidratos. Você encontra ambos o tempo todo ao longo dos estudos. A questão é que, quando você prova o que quiser com a ciência, é porque você está olhando para o alvo errado. Meu palpite, e esta é a parte importante, é que essas pessoas estão comendo o tipo errado de gordura a partir do que me explica e do que vejo.
Causas da Doença Hepática Gordurosa
1. **Fatores Dietéticos**: A NAFLD está associada ao acúmulo excessivo de lipídios no fígado, que pode ser influenciado tanto pela alta ingestão de carboidratos quanto pela alta de gordura.
Estudos sugerem que ambos os macronutrientes podem contribuir para o desenvolvimento do fígado gorduroso, mas os papéis específicos de diferentes tipos de gorduras e carboidratos ainda são debatidos.
Por exemplo, o tipo de gordura consumida pode desempenhar um papel crítico, pois as gorduras saturadas são frequentemente implicadas na promoção do acúmulo de gordura hepática, enquanto as gorduras insaturadas podem ter efeitos protetores
2. **Impacto do Carboidrato**: A alta ingestão de açúcares simples, especialmente frutose, tem sido associada ao aumento da gordura hepática. Isso indica que o consumo excessivo de carboidratos, particularmente de fontes processadas, pode exacerbar a doença. Novamente, é o tipo de carboidrato.
O consenso na comunidade científica de que os indivíduos podem estar consumindo o “tipo errado de gordura” se alinha com as mais recentes pesquisas emergentes que sugerem que nem todas as gorduras dietéticas são iguais em seus efeitos na saúde do fígado.
Existe uma revisão de 2021 que faz esta conexão, mas é muito antigo então gostaria de passar por revisões desde então.
Aqui estão cinco estudos mais recentes que exploram essas conexões:
1. **Qualidade da Gordura Dietética e NAFLD**: Um estudo de 2022 publicado em *Nutrients* descobriu que a qualidade das gorduras dietéticas afeta significativamente a saúde do fígado.
Indicou que a maior ingestão de gorduras insaturadas, estava associada à redução da gordura hepática, enquanto as gorduras saturadas estavam ligadas ao aumento do acúmulo de gordura hepática.
2. **Qualidade dos Carboidratos e Saúde do Fígado**: Pesquisa no *The American Journal of Clinical Nutrition* (2023) destacou que o tipo de carboidratos consumidos desempenha um papel crucial no desenvolvimento da NAFLD. Dietas ricas em carboidratos e açúcares refinados, particularmente frutose, demonstraram exacerbar o acúmulo de gordura hepática, enquanto grãos integrais e carboidratos ricos em fibras foram associados a uma melhor saúde do fígado.
Uma revisão sistemática de 2022 publicada na *Liver International* descobriu que a adesão a uma rica em gorduras saudáveis (como azeite de oliva) e baixa em carboidratos refinados, estava associada a níveis mais baixos de gordura hepática e melhor função hepática em indivíduos com NAFLD.
Um ensaio clínico de 2023 no *Diabetes Care* investigou os efeitos de dietas cetogênicas ricas em gordura e baixo teor de carboidratos na gordura hepática.
Os resultados indicaram que tais dietas poderiam levar a reduções significativas na gordura hepática, isso quando as gorduras insaturadas eram enfatizadas sobre as gorduras saturadas.
Esses estudos apoiam a teoria de que o tipo de carboidratos e gorduras consumidos impacta significativamente a doença hepática gordurosa, sugerindo que um foco na qualidade alimentar, em vez de apenas na quantidade de macronutrientes, pode ser crucial para a prevenção e o manejo.
Quais pessoas têm problemas de degradação de proteínas além de pessoas com déficits de aminoácidos de cadeia ramificada, como a leucina ou deficiência de vitamina c, glutationa, acetilcisteina, resistência insulinica ou problemas renais? Quais outras doenças estão ligadas a problemas de gluconeogênese, na quebra de proteínas para produção de energia?
Problemas de degradação de proteínas
1. **Doenças Crônicas**: Condições como obesidade e diabetes tipo 2 podem levar a comprometimento do metabolismo e degradação das proteínas. Nesses casos, a resistência à insulina afeta o funcionamento normal das enzimas envolvidas na quebra de proteínas.
2. **Doença do Fígado**: A doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD) está associada ao metabolismo proteico alterado, onde a capacidade do fígado de processar aminoácidos e gerenciar a gluconeogênese está comprometida.
3. **Doença Renal**: A doença renal crônica pode prejudicar o metabolismo das proteínas devido à função renal reduzida, afetando a degradação e excreção de resíduos nitrogenados devido à degradação da proteína.
Síndrome Metabólica
Esta condição é caracterizada pela resistência à insulina e pode interromper a gliconeogênese normal, contribuindo para problemas elevados de gordura hepática e metabolismo de proteínas.
Transtorno Bipolar, autismo, esquizofrenia e Utilização de Proteínas
O transtorno bipolar tem sido associado à desregulação metabólica, que pode afetar a forma como o cérebro utiliza proteínas e aminoácidos para energia.
Alguns estudos sugerem que os transtornos de humor podem estar associados ao metabolismo alterado de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs), incluindo leucina, impactando a síntese de neurotransmissores e a produção de energia no cérebro.
DIETA DO MCT
A fórmula da dieta cetogenica do mct é simples e pode ser modificado quando usada numa Psmf, explica Mackenzie cerveja, nos cursos da Johns hopkins ou Denise potter na Charlie foundation.
Denise ensina: Por usarmos MCTs, podemos mudar os ratios, fazendo uma 1.5:1.5 modificada, com MCTs em óleo.
QUANDO DIZEMOS 2:1 = 2G DE GORDURA PARA 1G DE PROTEÍNA+CARB LÍQUIDO
INDEPENDENTEMENTE DA DIETA, TU VAI OLHAR PARA AS PROTEÍNAS PRIMEIRO, para tentar dar o máximo de proteínas suficientes para a idade do paciente. Depois, o restante vem dos carbs. Obviamente, isso pode variar um pouquinho de refeição pra refeição, mas a lei é olhar primeiro pra proteína.
QUANTO MAIS ELEVADO O RATIO, MAIORES OS CORPOS CETÔNICOS
QUANTO MAIS PERTO DO 1:1, A CETOSE É MAIS BAIXA. DAÍ VAMOS FAZENDO MUDANÇAS.
Absolutamente todos os profissionais usam calculadoras de macronutrientes. Meu papel é ensinar meu cliente a se situar nestas ferramentas. Por ordem, Total Keto Diet App, Carb Manager, Fat Secret e Cronometer. pelo menos no primeiro mês de dieta. O ideal é achar um app cuja versão paga mostra os ratios de cada refeição, não apenas do final do dia. Ainda, que mostra os micronutrientes, nao apenas macros.
Por quê? Se a pessoa está comendo todos os carbs do dia numa única refeição, ela certamenteterá um numero de corpos cetônicos altamente variável.
Em termos gerais, explica Beth Zupec Kania e Denise Potter, a dieta do MCT seria 15% de carboidratos, de 80% a 90% gorduras, sendo que destas, de 60 a 70% viriam exclusivamente de MCTs. Proteínas varia variam de 10 a 15%. Beth e Denise usam um shake de whey com mct pela manha e distribuem o mct restante durante o dia. Lembrando que whey é a proteína mais biodisponivel que existe, bem como o mct. Ambos duram 2h no corpo humano e levem Menos de 30min para se tornarem combustível para o cérebro.
No caso da PSMF modificada para MCT, Emerich explica:proteínas, de 1,2–1,5 g/kg/dia, uma quantidade de carboidratos menor que 20–30 g/dia e uma ingestão de gorduras que segue a métrica da dieta do MCT: do total de gorduras que teu aporte calórico permite, de 70% a 80% virá de MCTs. Não esqueça em caso algum de usar o 40.00o volts como repositor eletrolítico 2x ao dia no mínimo, além de sal light, buscando 4g de potássio diários.